Porque as experiências que mais nos marcam e nos definem inexoravelmente são as dos primeiros anos de vida, nomeadamente as primeiras duas décadas, venho relatar o momento em que entrei para o secundário.
Contextualizando, vivi e estudei em Lisboa até ao 9º ano, numa escola perto de casa e com amigos de longos anos.
No momento em que terminei o básico, a minha mãe decidiu que iríamos mudar, não só de escola, mas de cidade. Habituada que estava à azáfama da capital, passei a morar numa aldeia onde inicialmente só passava férias. A cidade ficava a 10km de distância e obrigava a uma viagem de mais de 30 minutos de autocarro. A escola que passei a frequentar era todo um mundo novo por descobrir onde não existia um único rosto familiar. Claro que aos 16 anos tudo isto tem tanto de assustador como de deslumbrante.
Dado que isto aconteceu há mais de 10 anos, é fácil perceber o fascínio que acabei por exercer sobre os meus colegas pelo simples facto de ter deixado o que era um sonho para muitos deles - Lisboa, a capital. Este simples detalhe permitiu-me conhecer metade da escola e ajudou-me a deixar de lado a minha natural arrogância com estranhos.
No fundo, a amabilidade, simpatia e saber receber, características tão nortenhas, contagiaram-me e tornaram-se numa forte referência para a pessoa em que me tornei.
Nota: Amanhã partilho as duas partes seguintes desta reflexão. É que a cama já grita por mim e o despertador irá arrancar-me a ela muito cedo. Até amanhã, minha gente!
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