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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Portugal versus Grécia


Isto é cá uma coisa que me anda a fazer confusão, ainda mais depois de mais um relatório da nossa querida amiga Troika com mais medidas, entenda-se cortes, para alcançarmos os objectivos impostos pelos mesmos.
 
Então vejamos: se nós temos tido uma avaliação positiva até ao momento, se temos conseguido cumprir e, segundo os próprios, estamos no bom caminho; porque precisamos de reforçar a dose de cortes?? Não foram as medidas até agora tomadas suficientes? Outro pormenor que me faz ainda mais confusão, é que sejam sempre os mesmos a pagar. Não contentes em ir ao bolso dos pobres que ganham pouco mais de 600€, agora acham-se no direito de ir ao bolso de todos os portugueses, inclusive aqueles que vivem no limiar da pobreza. Acho inadmissível. E acredito que não sou a única a pensar assim neste País. Como querem que isto ande para a frente, se tiram o poder de compra a toda a gente? Como vão os comerciantes e as indústrias sobreviver a este colapso de economia? E olhem que não sou muito boa com números, mas com tantas medidas estúpidas, acho que até uma criança minimamente inteligente chegava a esta mesma conclusão!
 
Agora voltemos a nossa atenção para os gregos. Eles que estão ainda pior do que nós em termos de divida e ainda longe de se tornarem cumpridores, têm todas as facilidades do mundo neste processo. Só nos resta concluir que este nosso modo pacato de levar com tudo, esta resignação conformada de que temos de fazer alguma coisa para ajudar o País, só nos prejudica. Afinal de contas, os gregos fazem barulho que se farta e ainda ameaçam partir aquela merda toda e, chegada à hora e caso seja necessário, partem mesmo e com isso ganham a guerra por medidas mais doces, mais leves e menos prejudiciais ao cidadão comum. Porque é o cidadão comum que vai para a rua protestar e mete fogo a tudo e com isso os pressiona a ouvi-los. Ao que parece o que já abrimos mão não é suficiente e as nossas manifestações pacificas não são dignas de atenção.
 
É triste para alguém como eu, que é absolutamente contra a violência, constatar que parece que esse é o único meio de ser escutado. De alcançar o respeito pelas nossas necessidades.
A continuar assim por este caminho, temo que mais pessoas cheguem a esta conclusão e que se arme uma batalha campal como nunca antes vista por estas bandas.
Quando chegará o bom senso à nossa classe politica???

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